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Globovisión, canal de TV crítico ao governo de Chávez, recorre de multa milionária em tribunal venezuelanoUm tribunal venezuelano iniciou na sexta-feira, 17 de fevereiro, o julgamento do recurso apresentado pela Globovisión, crítica ao governo de Hugo Chávez, para anular a multa de US$2,1 milhões imposta em outubro do ano passado à emissora por uma cobertura jornalística, de acordo com o jornal El Diario. Em suas alegações, o canal de televisão privado reafirmou que as acusações das quais é alvo não foram provadas e que não pagará a multa até a justiça decidir o caso, noticiou o jornal El Universo, veículo que também recebeu uma multa exorbitante após um cerco judicial do governo do Equador. A sanção foi aplicada pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), que interpretou que a Globovisión foi tendenciosa e sensacionalista na cobertura de uma rebelião de presos no complexo carcerário de El Rodeo, em junho de 2011. No entanto, os responsáveis pelo canal asseguram que são objeto de uma perseguição política por sua linha editorial crítica. Segundo o site Venezuela de Verdad, o presidente do órgão regulador, Pedro Maldonado, classificou como "grave" a recusa da emissora em pagar a multa, vencida no último dia 1º de janeiro. Para ele, Globovisión “pretende desvirtuar uma decisão legítima de um órgão autônomo”, informou La Patilla. Apesar de pública, a audiência não pode ser acompanhada por jornalistas da emissora ou representantes do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, da Associação Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol) e da ONG Espaço Público, observou o site Reporte Activo. Câmeras e celulares também foram proibidos na sala do julgamento, de acordo com Espaço Público. A Globovisión mantém uma conflituosa relação com o governo e enfrenta vários processos judiciais que podem levar à extinção do canal. O presidente Chávez frequentemente se coloca contra a TV e já advertiu o canal a mudar de linha editorial. O clima de tensão entre a imprensa e Chávez não é nenhum fato novo. Profissionais dos meios de comunicação sofrem pressão “sistemática” do governo, com o corte de publicidade oficial, a abertura de processos contra jornalistas, frequentes tentativas de ampliar o controle sobre a mídia e suspensões de licença. Do outro lado, partidários do governo alegam que interesses privados controlam a mídia no país.

Um tribunal venezuelano iniciou na sexta-feira, 17 de fevereiro, o julgamento do recurso apresentado pela Globovisión, crítica ao governo de Hugo Chávez, para anular a multa de US$2,1 milhões imposta em outubro do ano passado à emissora por uma cobertura jornalística, de acordo com o jornal El Diario.

Em suas alegações, o canal de televisão privado reafirmou que as acusações das quais é alvo não foram provadas e que não pagará a multa até a justiça decidir o caso, noticiou o jornal El Universo, veículo que também recebeu uma multa exorbitante após um cerco judicial do governo do Equador.

A sanção foi aplicada pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), que interpretou que a Globovisión foi tendenciosa e sensacionalista na cobertura de uma rebelião de presos no complexo carcerário de El Rodeo, em junho de 2011. No entanto, os responsáveis pelo canal asseguram que são objeto de uma perseguição política por sua linha editorial crítica.

Segundo o site Venezuela de Verdad, o presidente do órgão regulador, Pedro Maldonado, classificou como "grave" a recusa da emissora em pagar a multa, vencida no último dia 1º de janeiro. Para ele, Globovisión “pretende desvirtuar uma decisão legítima de um órgão autônomo”, informou La Patilla.

Apesar de pública, a audiência não pode ser acompanhada por jornalistas da emissora ou representantes do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, da Associação Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol) e da ONG Espaço Público, observou o site Reporte Activo. Câmeras e celulares também foram proibidos na sala do julgamento, de acordo com Espaço Público.

A Globovisión mantém uma conflituosa relação com o governo e enfrenta vários processos judiciais que podem levar à extinção do canal. O presidente Chávez frequentemente se coloca contra a TV e já advertiu o canal a mudar de linha editorial.

O clima de tensão entre a imprensa e Chávez não é nenhum fato novo. Profissionais dos meios de comunicação sofrem pressão “sistemática” do governo, com o corte de publicidade oficial, a abertura de processos contra jornalistas, frequentes tentativas de ampliar o controle sobre a mídia e suspensões de licença. Do outro lado, partidários do governo alegam que interesses privados controlam a mídia no país.

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