Por Maira Magro
Forças de segurança vinculadas ao Ministério da Justiça da Argentina levaram documentos e livros fiscais da Papel Prensa, maior fabricante de papel-jornal do país, durante uma operação de busca e apreensão em seu escritório em Buenos Aires, informou o Clarín. A ordem partiu da Justiça, num processo em que a empresa é acusada de falsificar seus balanços.
A Papel Prensa funciona como uma conflituosa sociedade entre os grupos Clarín e La Nación (sócios majoritários ) e o Estado argentino. As denúncias de suposta falsificação dos balanços foram apresentadas por um representante do governo no Conselho de VigiIância da empresa.
Segundo a agência de notícias estatal Télam, um ex-acionista da Papel Prensa também denunciou a existência de um suposto centro de inteligência coordenado por um representante do Clarín com o alegado objetivo de “obter favores da Justiça”. Pelo suposto esquema, narra a Télam, o grupo acompanharia as finanças dos juízes para extorsioná-los quando houvesse evidências de gastos excessivos.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
