Depois de a polícia de Trinidad e Tobago revistar a redação do jornal Newsday e a casa do repórter Andre Bagoo, no dia 9 de fevereiro, a Associação de Mídia de Trinidad e Tobago (MATT) pediu que a polícia se desculpe e devolva o disco rígido e os computadores pessoais de Bagoo, informou o Trinidad Express.
As instalações da TV Caribbean Communications Network já haviam sido vasculhadas por policiais (CCN) no dia 29 de dezembro, ação prontamente condenada por grupos de mídia. O temor é de que a liberdade de imprensa em Trinidad esteja em risco, explicou o Caribbean Journal.
A Associação de Profissionais de Mídia do Caribe (ACM) e o Instituto Internacional da Imprensa se uniram à MATT na crítica à invasão da redação do jornal pelo Escritório de Investigações Anticorrupção.
A polícia vasculhou a redação e a casa do repórter em busca de evidências do que as autoridades consideram informação obtida ilegalmente, usada em matéria publicada no dia 20 de dezembro de 2011 sobre um embate entre membros da Comissão de Integridade. A polícia chegou a pedir que o jornalista revelasse suas fontes, mas o jornal se negou a fazer isso, acrescentou o Trinidad Express. "É fundamental que um jornalista seja capaz de proteger suas fontes. Sem isso, seu trabalho fica gravemente afetado", disse o Newsday em comunicado, citado pelo Trinidad Express.
O Newsday denunciou que, desde a incursão da polícia, agentes têm vigiado a casa de Bagoo, na intenção de intimidar o jornalista, acrescentou o Trinidad Express.
Em editorial publicado no dia 14 de fevereiro, o Newsday pediu ao governo de Trinidad e Tobago que "acabe com sua indecisão sobre o tema da liberdade de imprensa e o abuso de poder no país e adote medidas firmes e imediatas que demonstrem seu compromisso com a democracia e a imprensa livre". O editorial também exigiu a imediata renúncia do chefe de polícia, Dwayne Gibbs.