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Jornais nicaraguenses mudam de formato devido à falta de suprimentos de impressão que estão retidos na alfândega

O periódico mais antigo da Nicarágua informou que teve que mudar de formato devido à retenção de tinta, papel e outros suprimentos de impressão por parte da Direção Geral de Aduanas, de acordo com a agência de notícias EFE.

https://twitter.com/BOLETINECOLOGI/status/1084942053539221505?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1084942053539221505&ref_url=https%3A%2F%2Fknightcenter.utexas.edu%2Fes%2Fblog%2F00-20503-diarios-nicaragueenses-cambian-formato-debido-retencion-de-insumos-de-imprenta-en-adua

La Prensa, criado há 92 anos, bem como o jornal Hoy Do Grupo Editorial La Prensa, imprimirão 30% de suas páginas em preto e branco e reduzirão a quantidade de páginas de suas edições, segundo disseram executivos do meio de comunicação à EFE e ao Boletín Ecológico.

Jaime Chamorro Cardenal, presidente e diretor do La Prensa, disse ao Boletín Ecológico que apesar de ter completado todos os procedimentos legais junto à alfândega para liberar o papel e demais insumos de impressão, as autoridades não os liberaram e não deram qualquer justificativa, de acordo com o site do Boletim Ecológico.

"Pensamos que esta é uma nova maneira de assediar, tanto a nós quanto ao El Nuevo Diario", disse Chamorro em entrevista ao Boletim Ecológico. Ele acrescentou que para economizar tinta, papel, chapas, etc., têm reduzido suas páginas, de 16 a 12, tendo reduzido seções de entretenimento, uma vez que o espaço noticioso nacional continua a ser o mesmo.

O El Nuevo Diario da Nicarágua tem seu carregamento de papel retido na alfândega há uma semana, segundo publicou o jornal em seu site. Agora só distribui sua edição impressa de segunda a sexta-feira, informou. Além disso, o grupo editorial do qual este jornal faz parte fechou fechou seu diário popular Q'Hubo em dezembro, pelos mesmos motivos, e reduziu páginas de seu diário Metro, explicou Arnulfo Somarriba, gerente geral do ND Medios.

Para Álvaro Rivera, gerente de produção do La Prensa, esta situação é parte da repressão do governo contra os meios de comunicação independentes do país. "Eles (o Governo) não gostam que lhe digam a verdade e neste caso eles querem nos silenciar dessa maneira," disse à EFE.

O grupo editorial teria materiais de impressão suficientes para circular até junho deste ano, publicou Confidencial. Não resolvida esta situação, disseram os executivos de La Prensa e Hoy, ambos os jornais deixariam de circular em impressos, sofreriam corte de funcionários e só publicariam sua versão digital, o site informou.

"La Prensa vai fazer 93 anos, e nós temos uma história incrível, encerramentos, Somoza a bombardeou com aviões, incendiou-a, e voltou a sair. Os sandinistas a censuraram por muitos anos," disse Chamorro ao Boletim Ecológico. "O preço político internacional de fecharmos, para eles (o governo) seria muito grave, então eles preferem isso", explicou.

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