Por Adriana Prado
Depois de 20 dias na prisão, a jornalista Maritânia Forlin, acusada de envolvimento com traficantes, foi solta em Campo Mourão, Centro-Oeste do Paraná, informou a Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, o pedido de soltura foi feito à Justiça pela própria polícia, pois não haveria mais necessidade de manter a repórter atrás das grades.
A jornalista é suspeita de se valer da profissão para colher informações com a polícia e repassá-las a traficantes, em troca de revelações sobre os crimes que eles iriam cometer.
De acordo com o UOL Notícias, Maritânia pretende lançar um livro de memórias, para se defender das acusações e restaurar sua imagem. “Passei dias bastante difíceis, ainda não estou tranquila, mas comecei a escrever um livro para relatar isso: mostrar a profissão de um repórter policial, a consequência desse tipo de mídia que sensacionaliza a violência e algumas histórias que eu presenciei”, disse ela ao site.
Maritânia, que nega as acusações, trabalhava para a Rede Independência de Comunicação (RIC), afiliada da Rede Record no Paraná. Em nota à imprensa, a rede informou que a repórter era contratada por uma produtora terceirizada e foi demitida há três meses, por remanejamento de equipe, noticiaram os jornais.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.