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Jornalista alemã que investiga adoção irregular de bebê por americano na Argentina denuncia ter tido visto para EUA negado

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  • 15 abril, 2011

Por Ingrid Bachmann

Gabriela Weber é correspondente de duas rádios alemãs na Argentina e investiga a suposta adoção irregular de uma criança por um adido militar da embaixada americana durante a ditadura(1976-1983). Depois de ser deportada ao tentar entrar nos EUA com uma autorização de viagem concedida aos cidadãos alemães, a jornalista denuncia que seu pedido de visto de jornalista teria sido negado por causa de seu trabalho, informou a EFE.

Segundo a AFP, Weber investiga o "roubo sistemático" de crianças argentinas durante a ditadura no país e teria provas contra o então adido militar da embaixada americana, William Desreis. Ele teria adotado um bebê em "circunstâncias duvidosas" em 1980.

Associação de Correspondentes Estrangeiros na Argentina (ACE) intercedeu por Weber e pediu explicações à embaixada dos Estados Unidos no país, explicou a Associated Press. Segundo a ACE, a proibição prejudica o trabalho investigativo da profissional.

Em agosto de 2010, Weber tentou entrar nos EUA para continuar sua investigação, mas foi mandada de volta para Buenos Aires horas depois de chegar ao aeroporto de Washington com uma autorização de viagem concedida aos cidadãos alemães, acrescentou a AFP. No retorno à capital argentina, ela tentou tirar um visto de jornalista, mas não conseguiu.

Weber disse à Associated Press suspeitar que os americanos não estão contentes com sua investigação. “Me parece que a atitude do Departamento de Estado tem a ver com minhas investigações” sobre violações aos direitos humanos, afirmou.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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