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Jornalista americano será deportado após ser detido por contrainteligência militar na Venezuela

Esta nota foi atualizada para reportar a libertação e deportação de Weddle.

O jornalista americano Cody Weddle deve ser deportado de Caracas, na Venezuela, após passar quase 12 horas detido por agentes de contrainteligência militar.

Local 10 Notícias WPLG em Miami, Flórida, o jornal do qual Weddle é correspondente, informou que o jornalista foi libertado na noite de 6 de março e foi informado pelas autoridades de que seria deportado. Ele estava no Aeroporto Internacional Simón Bolivár, a caminho dos EUA, de acordo com o canal.

No início do dia, políticos e jornalistas pediram sua libertação depois que sua casa foi invadida na manhã de 6 de março e ele foi levado para a sede da Direção Geral de Inteligência Militar da Venezuela (Dgcim) em Caracas, de acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) da Venezuela. A invasão foi feita "supostamente com uma ordem assinada por um tribunal militar", acrescentou a organização.

Cody Weddle

Cody Weddle (Twitter)

A residência do assistente de Weddle, o venezuelano Carlos Camacho, também foi invadida e ele foi detido, informou o SNTP. Camacho foi libertado depois de quase 12 horas, segundo o SNTP.

O último tweet de Weddle dizia: “Juan Guaidó com um retorno triunfal a Caracas. Mas seu caminho adiante permanece incerto.”

A mãe do jornalista, Sherry Weddle, disse que ele vivia na Venezuela desde 2014.

Antes da libertação de Weddle, o presidente e CEO da WPLG, E. R. Bert Medina, disse: "Cody tem se dedicado e empenhado em contar a história na Venezuela a nossos espectadores aqui no sul da Flórida. A prisão de um jornalista fazendo seu trabalho é ultrajante e inaceitável."

Políticos e membros do governo haviam pedido a libertação de Weddle.

O governador da Flórida, Rick Scott, disse via Twitter que era “completamente inaceitável que @NicolasMaduro e seus capangas tenham detido Cody Weddle, do @WPLGLocal10, por reportar sobre o retorno bem-sucedido do legítimo presidente venezuelano @jguaido.”

@StateDept está ciente e profundamente preocupado com relatos de que outro jornalista americano foi detido na #Venezuela por #Maduro, que prefere sufocar a verdade em vez de enfrentá-la. Ser jornalista não é crime”, Kimberly Breier, Secretária Adjunta dos EUA no Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, postou no Twitter.

O próprio Guaidó postou sobre a detenção no Twitter. “Nós exigimos a libertação do jornalista americano Cody Weddle, que foi sequestrado por um regime que usurpa funções e tenta, sem sucesso, esconder a verdade do que está acontecendo em nosso país”, escreveu ele.

De acordo com o SNTP, este ano houve 36 casos de jornalistas e trabalhadores de imprensa detidos, incluindo os recentes casos de Weddle e Camacho. Três permanecem detidos e um, o venezuelano Mario Peláez, deve se apresentar a um tribunal antiterrorismo a cada oito dias.

O caso mais recente de detenção de um jornalista de um meio norte-americano ocorreu em 26 de fevereiro. Daniel Garrido, da Telemundo, foi detido pelas forças de segurança depois de fotografar membros do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).

Um dia antes, Jorge Ramos e sua equipe da Univision foram detidos no Palácio Miraflores depois que o presidente Nicolás Maduro se levantou no meio de uma entrevista, como relataram os jornalistas.

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