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Jornalista boliviano nega vínculos terroristas e exige respeito à liberdade de expressão

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  • 27 julho, 2010

Por Maira Magro

O jornalista boliviano José Pomacusi, diretor da revista Poder y Placer e do programa de televisão No Mentiras, pediu respeito à liberdade de expressão ao prestar depoimento no Ministério Público sobre supostas atividades terroristas em Santa Cruz, ao leste do país, informou a agência EFE.

Ele foi convocado pelo promotor Marcelo Sosa a explicar supostos vínculos com um grupo de oposição que estaria ligado a um núcleo terrorista, desarticulado em abril de 2009, acusado de querer assassinar o presidente Evo Morales, diz a EFE. O jornalista negou a participação no grupo e exigiu que “limpem seu nome”, diz o jornal Los Tiempos.

Pomacusi disse que foi interrogado a respeito de matérias publicadas na Poder y Placer, afirma a rádio FM Bolivia, e contou que visitou um comitê de campanha da oposição, com fins estritamente jornalísticos. Segundo o jornal El Tiempo, o promotor responsável pelo caso poderá voltar a convocar Pomacusi e outros jornalistas que tenham tido contato telefônico com pessoas investigadas no caso.

A Associação Nacional da Imprensa (ANP) divulgou um comunicado repudiando a convocação de Pomacusi no caso, dizendo que se trata de uma tentativa de “calar o seu trabalho”. O jornalista compareceu ao Ministério Público acompanhado de representantes da ANP, da Sociedade Interamericana de Imprensa e da Associação Nacional de Jornalistas da Bolívia, diz o jornal La Prensa.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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