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Jornalista brasileiro é um dos ganhadores dos Prêmios Rei da Espanha

Jornalistas do Brasil, Colômbia, Cuba, México e Uruguai foram alguns dos ganhadores dos Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha neste 24 de janeiro em sua 34ª edição, informou a agência EFE.

O prêmio na categoria imprensa foi recebido pelo jornalista brasileiro Vinicius Jorge Carneiro Sassine, do jornal O Globo, pelo seu trabalho sobre os “obstáculos que a Força Aérea brasileira colocou para impedir o transporte de órgãos destinados a fazer 153 transplantes nos últimos três anos”, segundo a EFE. No seu artigo ‘Recusas da FAB impedem transplantes de 153 órgãos’, o jornalista denunciou como esses aviões militares foram usados para transportar funcionários públicos e não para o seu trabalho humanitário.

Os prêmios são concedidos pela Agência EFE e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento nas categorias imprensa, rádio, televisão, fotografia, jornalismo digital e jornalismo ambiental. Este ano também foi concedido o 13º Prêmio Don Quijote de Jornalismo e uma nova edição do prêmio ibero-americano de jornalismo.

Carlos Loret de Mola do México recebeu o prêmio na categoria televisão pelo programa ‘Êxodo’ emitido pelo canal Televisa. O programa de 50 minutos aborda a crise de refugiados sírios e buscava “dar uma cara a aos milhares de deslocados”, publicou EFE.

‘Chegada do Air Force One’ foi o trabalho ganhador na categoria fotografia. A imagem, de autoria do cubano Yander Zamora, registra o momento em que o avião presidencial dos Estados Unidos chega a Havana “pela primeira vez na história”, afirmou a EFE.

A colombiana Patricia Gómez recebeu o prêmio na categoria jornalismo ambiental e desenvolvimento sustentável com uma reportagem sobre os problemas que causa o chumbo em uma zona do país e a perseguição que uma família sofreu por denunciar a intoxicação do seu filho pelo metal. ‘Chumbo: veneno invisível’ foi emitido pela RCN Televisión.

A escritora uruguaia e espanhola Carmen Posadas foi reconhecida com o Prêmio Ibero-americano de Jornalismo pelo seu artigo ‘Sonhar em espanhol’, em que defende o uso da língua em tempos em que cresce o número de falantes de espanhol. O jurado afirmou que em seu trabajo usou “uma linguagem fluida e concisa, ilustrada com exemplos de ambos os lados do Atlântico”, afirmou a EFE.

As categorias de jornalismo de rádio e digital foram para o jornalista espanhol Jordi Basté por ‘Atentados em Paris’ e para a equipe de Especiais do jornal El País pelo seu trabalho ‘40 anos do 20 N: A transformação de um país’, respectivamente.

Prêmio Don Quijote que “reconhece a qualidade lingüística e o bom uso e enriquecimento do idioma espanhol” foi concedido ao escritor e jornalista espanhol Arturo Pérez-Reverte com o artigo ‘Os godos do imperador Valente’. O texto aborda o impacto da chegada em massa de imigrantes e refugiados à Europa, segundo a EFE.

Os prêmios buscam “reconhecer o trabalho de informação dos profissionais do jornalismo de língua espanhola e portuguesa dos Estados que integram a Comunidade Ibero-americana de Nações e dos países com os quais a Espanha mantêm vínculos de natureza histórica e cultural”, e são entregues anualmente desde 1983.

Este ano foram recebidos 196 trabalhos de 21 países sobre temas de atualidade, denúncias sociais e reportagens históricas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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