Um jornalista de televisão de Honduras que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em junho deste ano denunciou que ele e sua família continuam recebendo ameaças de morte, de acordo com o Comitê pela Liberdade de Expressão em Honduras.
O correspondente da emissora de televisão JBN, Selvin Martínez, afirma ter recebido uma ligação direto de uma prisão de Porto Cortés e que a pessoa se identificou como Joaquín Molina Andrade, o sujeito que tentou assassiná-lo e que supostamente é membro da gangue centro-americana "maras", segundo o diário El Libertador.
Se o suspeito for declarado culpado pelos crimes de tentativa de homicídio e porte ilegal de armas, pode pegar de 18 a 20 anos de prisão; contudo, isso não tranquiliza o jornalista. “Não sei se esta sentença me será útil, por isso aviso publicamente que este tipo será o responsável por qualquer coisa que aconteça a mim ou a minha família”, disse Martínez ao El Libertador.
Em Honduras são cometidos 92 assassinatos para cada 100.000 habitantes, sendo o país com a taxa mais alta de homicídios do mundo, segundo as Nações Unidas e é o segundo país mais perigoso para exercer o jornalismo no continente americano.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.