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Jornalista de TV venezuelana é detida durante investigação de dano ambiental causado por petroleira estatal

Uma equipe de reportagem do canal venezuelano Globovisión foi detida por funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) enquanto cobria um derramamento de petróleo na comunidade Pararí, no estado Monagas, informou a organização Intercâmbio Internacional pela Liberdade de Expressão (IFEX, na sigla em inglês) nesta sexta-feira, 27 de janeiro.

A repórter Giselle Almarza contou que os moradores da região chamaram a imprensa para denunciar o prejuízo ambiental decorrente de um projeto da Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), companhia estatal de petróleo.

A equipe esteve no local em 19 de janeiro para fotografar e entrevistar pessoas afetadas. Quando se preparavam para deixar a comunidade, os jornalistas foram alertados sobre a presença de um grupo da GNB para confiscar o material audiovisual por falta de autorização. Após a informação, o cinegrafista deixou o carro da reportagem e seguiu a pé, guiado por membros da comunidade, na tentativa de salvar os registros, de acordo com o site Espaço Público.

O automóvel foi parado por um comando da GNB e membros da PDVSA, que exigiram a entrega do material gravado. Após cerca de 30 minutos, os guardas liberaram Almarza. “Revisaram nosso veículo e nos interrogaram. Explicamos que os habitantes do Conselho Comunitário nos chamaram e, depois de meia hora, pudemos sair. Não nos explicaram por que fomos detidos”, afirmou a jornalista, citada pela Globovisión.

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