Por Maira Magro
Obrigado a se exilar nos Estados Unidos há mais de 30 anos por denunciar violações de direitos humanos na Argentina durante a ditadura militar (1976-1983), o jornalista inglês Robert Cox acaba de voltar ao país para trabalhar como colunista do Buenos Aires Herald, informou o jornal.
Cox era editor-chefe do Buenos Aires Herald (jornal publicado em inglês na capital argentina) na década de 70, quando coordenou uma extensa cobertura das mortes e desaparecimentos dos oponentes do regime militar, enquanto a imprensa local permanecia em silêncio.
O Ámbito.com reproduziu trechos da entrevista que Cox concedeu ao Buenos Aires Herald, na qual fala sobre a realidade na Argentina, o conflito entre o governo e o grupo Clarín e a dura experiência que sofreu ao ter que deixar o país em 1979, ameaçado de morte por cobrir a guerra suja no país.
Quanto ao conflito entre os Kirchner e o Clarín, Cox defendeu que “é impossível ver as ações do governo como outra coisa que não seja um ataque direto ao grupo”, mas também criticou o jornal, assim como o La Nación, por atacarem o governo “todos os dias”, o que, para ele, “desmotiva muitos leitores”.
Cox recebeu recentemente o título de cidadão ilustre de Buenos Aires em reconhecimento ao seu trabalho. O diário La Nación repercutiu a entrevista
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.