O jornalista e professor italiano Giovanni Proiettis, morador do estado mexicano de Chiapas há 18 anos, foi sumariamente deportado para seu país natal na última sexta-feira (15), informa o site Proceso.
As razões para a deportação não são claras. El Mundo, citando a AFP, explica que as autoridades de imigração disseram que ele foi "expulso por exercer profissão para além do que foi autorizado". Proiettis foi professor na Universidad Autónoma de Chiapas e colaborador no blog Il Manifesto.
Segundo a agência italiana ANSA, amigos do jornalista afirmam que sua expulsão está relacionada a um incidente entre ele e o presidente Felipe Calderón, que ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Cancún, no México (repórteres que cobriam manifestações de ambientalistas durante o evento informaram ataques da polícia).
Narco News ressalta que esta é a segunda vez que Proiettis é preso. Alguns dias depois dos protestos no evento da ONU, ele foi detido pela polícia de Chiapas em um caso de “erro de identidade”. O site Narco News recolheu assinaturas de outros jornalistas, intelectuais e ativistas, para "exigir o retorno de Giovanni Proiettis ao México".
Leia comentários e considerações a respeito do processo de deportação do jornalista no site Narco News.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
