A mexicana Lydia Cacho foi obrigada a sair temporariamente do México após novas ameaças de morte contra a jornalista investigativa, informou o jornal El Universal na sexta-feira, 3 de agosto.
Ricardo González, do Programa de Proteção a Jornalistas da organização internacional Artigo 19, explicou que a jornalista estaría fora do México enquanto revisavam a estratégia de segurança para protegê-la, de acordo com a agência AFP
“Agradeço a solidariedade. Os mafiosos são os que deveriam sair, não nós”, publicou Cacho em sua conta de Twitter no sábado, 4 de agosto, uma semana depois de denunciar que havia escutado uma mensagem ameaçadora por meio do sistema de comunicação instalado em sua casa na cidade de Cancún, no Caribe mexicano.
Cacho mereceu vários prêmios internacionais de jornalismo depois que publicou um livro em que denuncia uma rede de prostituição infantil que contava com o apoio de autoridades mexicanas. Como consequência de suas denúncias, a jornalista foi detida ilegalmente em dezembro de 2005 e começou a receber ameaças de morte. Em agosto de 2009, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos solicitou ao governo mexicano medidas cautelares de proteção à jornalista.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.