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Jornalista mexicana no exílio aponta falhas do mecanismo de proteção a jornalistas do país

Em entrevista à organização Repórteres Sem Fronteiras, a jornalista mexicana Verónica Basurto Gamero, que vive em exílio desde março, apontou as falhas do Mecanismo de Proteção aos Jornalistas que funciona em seu país. Basurto saiu de seu país após dois meses de ameaças e perseguições que a fizeram duvidar da “credibilidade” deste mecanismo de proteção.

As ameaças chegaram após oito meses de investigação, feita junto a uma jornalista francesa, que mostravam vínculos entre funcionários do alto escalão do país e irregularidades nas investigações em casos de sequestro.

“O Mecanismo de Proteção continua sendo uma lagoa, como muitas leis no México”, afirmou Basurto em sua entrevista. “Quando entrei integralmente no mecanismo de proteção, teriam que me dar uma resposta em apenas 12 horas e só a recebi praticamente dois dias depois”.

Para RSF, estas declarações devem levar a “verdadeiras investigações sobre a origem das ameaças e dos ataques contra jornalistas protegidos por este mecanismo ou que poderiam o ser. A proteção não é possível se não existe uma luta contra a impunidade”.

A organização lembrou dos casos de Jorge Carrasco, jornalista da revista Proceso que teve de sair temporariamente do país após receber ameaças por suas investigações sobre o assassinato de sua colega Regina Martínez, e de Anabel Hernández, ameaçada por revelar possíveis conexões entre organizações criminais e um funcionário, e cuja proteção pode terminar em junho.

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