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Jornalistas da República Dominicana são processados e poderão ser presos por difamação

Dois jornalistas da República Dominicana poderão pegar de três meses a um ano de prisão por difamação. Eles estão sendo processados pela multinacional canadense Gildan Activewear Dominican Republic Textile Company Inc., informou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Robert Vargas, editor do site Ciudad Oriental, e Genris García, diretor da página Vigilante Informativo, são processados pela publição de matérias sobre os danos ambientais causados pela empresa na região do município de Guerra, em Santo Domingo , acrescentou a RSF.

“O ataque judicial é um verdadeiro ato de censura”, diz a RSF. “A despenalização dos delitos de imprensa faz-se urgente para garantir que os jornalistas possam exercer livremente sua profissão na República Dominicana, sem temer a prisão”.

O caso surge em meio a um debate no país sobre a reforma do Código Penal Dominicano e a Lei 6132 sobre a Expressão e a Difusão do Pensamento, que movimenta diversas organizações, segundo o Centro de Reportes Informativos de Guatemala (Cerigua).

Essas organização alertam para o “caráter retrógrado” de alguns artigos, como o que prevê multa para os jornalistas que criticam funcionarios públicos.

Há alguns meses, o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) realiza ma campanha pela despenalização da difamação em quatro países do Caribe, entre eles a República Dominicana.

Em janeiro, o jornalista Johnny Alberto Salazar havia sido condenado a seis meses de prisão por difamação e injúria, mas a decisão acabou sendo anulada por um tribunal superior.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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