Por Zach Dyer
Os jornalistas que cobrem Ciência na América Latina e em outras regiões em desenvolvimento têm uma percepção mais positiva de seu trabalho do que os colegas de países desenvolvidos, segundo uma nova pesquisa.
“Se há alguma crise no jornalismo científico, ela é principalmente percebida nos EUA, no Canadá e na Europa e menos na América Latina, na Ásia e em países africanos”, diz o Global Science Journalism Report, segundo a Columbia Journalism Review.
Para muitos entrevistados, o jornalismo não é visto como uma "profissão em extinção", segundo a CJR, mas está em crise. A circulação de jornais se mantém firme na América Latina, especialmente no Brasil, mas está em queda em outros países.
Mas isso não deixa os repórteres da região mais tranquilos. Os jornalistas de Ciência da América Latina estão mais preocupados com a perda do emprego do que os das outras regiões pesquisadas.
Apesar disso, a maior parte dos jornalistas de Ciência da região tem uma percepção positiva do setor, em comparação com a América do Norte e Europa, onde muitos entrevistados disseram não se ver trabalhando com isso nos próximos cinco anos.
A CJR destacou que a pesquisa admite ser tendenciosa em relação ao “Sul do mundo” e possivelmente não represente da melhor forma os profissionais de EUA, Canadá e Europa. Na América Latina, foram ouvidas 353 pessoas; na Europa/Rússia, 163, e apenas 31 nos EUA e Canadá, segundo a CJR.
O relatório é uma combinação de diversas pesquisas da London School of Economics, do Museu da Vida, e da SciDev.net. Ao todo, a pesquisa envolveu 953 profissionais.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.