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Jornalistas de estado mexicano reivindicam lei de proteção contra agressões

Ativistas e líderes de organizações de jornalistas propuseram aos deputados do Estado do México, no centro do país, a criação de uma lei que proteja os profissionais da imprensa, informou o jornal El Universal.

Desde 2000, sete jornalistas foram mortos no estado e até agora ninguém foi preso ou processado por estes crimes, recordou o repórter local Mucio Gómez López.

O projeto de lei de proteção aos jornalistas prevê um fundo para apoiar uma associação de jornalistas do estado e seguro de vida e assistência médica gratuita, segundo publicado pela agência de notícias Notimex.

Além disso, os deputados também propuseram a criação de uma promotoria especializada para investigar crimes contra os comunicadores.

Balbina Flores Martínez, representante no México da organização Repórteres sem Fronteiras, esteve presente no Palácio Legislativo de Toluca para apoiar leis que previnam e investiguem os ataques contra a imprensa, destacou o periódico local Portal. Flores informou que, durante 2010, houve 249 reclamações no México por agressão contra jornalistas, das quais 60% relacionadas à segurança pública e 14% ao crime organizado.

Flores também ressaltou que 70% dosjornalistas assassinados no México receberam ameaças prévias e que foram cometidos 21 ataques contra instalações de meios de comunicação nos últimos seis anos, pelo que comparou o país com Somália e Afeganistão.

Entre as organizações que participaram da elaboração do projeto estão a Asociación de Periodistas del Valle de Toluca, a Asociación de Periodistas Unidos por el Glifo de la Palabra e o Sindicato Nacional de Redactores de la Prensa.

Outros estados no México já contam com leis similares para proteger jornalistas. É o caso de Querétaro, Guerrero, Hidalgo, Baja California, Chiapas, Distrito Federal e Chihuahua.

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