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Jornalistas peruanos são acusados de violar regras de segurança de presídio para realizar entrevistas

O chefe do Instituto Nacional Penitenciário (INPE) do Peru, Wilson Hernández, foi obrigado a renunciar de seu cargo no começo de agosto após medidas de segurança irregulares que possibilitaram entrevistas frequentes da imprensa com o réu Antauro Humala, líder do Movimento Etnocacerista e irmão do atual presidente peruano Ollanta Humala.

O presidiário concedeu várias entrevistas à imprensa no presídio de segurança máxima de Piedras Gordas e violou normas de segurança como o uso de celulares, a entrada de uma câmera de vídeo na penitenciária sem permissão das autoridades, assim como visitas fora do horário estipulado.

Humala, condenado a 25 anos de prisão, concedeu entrevistas telefônicas à Radio Capital e ao noticiário de televisão Primera Noticia, no Peru, sem permissão das autoridades penitenciárias.

Após os incidentes, Humala foi isolado por sete dias no presídio e vários surpervisores foram despedidos de seus cargos, de acordo com a publicação La Industria.

O presidente do Conselho de Imprensa Peruana, Luis Agois, disse à rádio RPP que as autoridades dos presídios são responsáveis pela permissão da entrada dos meios de comunicação nas prisões, em resposta à acusação de Hernández de que os jornalistas haviam colocado em risco a segurança do presídio ao introduzir uma câmera oculta no local.