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Jornalistas são processados por difamação no Equador, onde rádio denuncia tentativa de demissão em massa

Em dois casos diferentes, jornalistas equatorianos denunciam estar sendo atacados por causa de sua atuação crítica. Em um deles, um promotor da cidade de Manta está processando cinco diretores e jornalistas do grupo de mídia Ediasa por difamação, após um artigo segundo o qual ele teria recebido suborno, informou a Fundamedios por meio da IFEX..

O promotor quer a prisão dos cinco e o pagamento de uma indenização de 1,5 milhão de dólares do Ediasa, grupo que controla a rádio Amiga, a TV Manavisión e os jornais El Diario e La Marea.

No outro caso, profissionais da rádio comunitária Sucumbíos, localizada na cidade de Nueva Loja, na região amazônica do país, ocupam as instalações da emissora para protestar contra uma tentativa de demissão em massa da organização religiosa que controla a rádio, informou a Associação Mundial de Rádios Comunitárias por meio da IFEX.

Segundo a Fundamedios, os profissionais da rádio acreditam que a demissão em massa é uma represália ao apoio dado pela emissora a grupos de oposição à igreja.

Tais casos acontecem no momento em que o Equador finaliza a contagem de votos de um referendo popular realizado no dia 7 de maio sobre questões que vão desde a proibição das touradas à criação de um grupo para regular os meios de comunicação. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a proposta de vetar investimentos de bancos em empresas de mídia foi aprovada, com 47.2% de votos a favor. Uma outra proposta sobre a criação de um conselho para regular os meios de comunicação recebeu 44.9% de votos a favor.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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