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Jornalistas sul-americanos se reúnem em seminário de capacitação na Tríplice Fronteira

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  • 22 novembro, 2010

Por Dean Graber

Jornalistas do Paraguai, da Argentina e do Brasil se reúnem de 26 a 28 de novembro de 2010, em três cidades fronteiriças, para o Primeiro Encontro Internacional de Jornalistas na Tríplice Fronteira. O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas é um dos patrocinadores do evento.

O encontro é organizado pelo Fórum de Jornalistas Paraguaios (FOPEP), o Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA), pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) —entidades criadas com o apoio do Centro Knight — e pelo Fórum de Trabalhadores de Imprensa e Comunicadores Sociais de Missões (Fopremi), fundado em 2009 na Argentina.

Os encontros serão principalmente em Ciudad del Este, no Paraguai, com atividades de capacitação e visitas de campo programadas em Foz do Iguaçu, no Brasil, e Puerto Iguazú, na Argentina.

O seminário foi elaborado para aprimorar o nível do jornalismo na região e servir como medida de proteção para comunicadores na chamada tríplice fronteira, uma região com cerca de 700 mil habitantes, com uma pauta noticiosa que inclui diversos tipos de crime organizado.

Entre os temas que serão discutidos estão o tráfico de drogas e o tráfico de pessoas, o contrabando, as populações indígenas, cultura e meio ambiente. Jornalistas, acadêmicos e autoridades federais dos três países estarão presentes em uma série de mesas redondas e oficinas de capacitação.

A conferência de abertura, no dia 26 de novembro, estará a cargo da jornalista chilena Mónica González, diretora do Centro de Investigação e Informação Jornalística (Ciper) e ganhadora do Prêmio Unesco/Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa 2010.

Em seguida haverá a mesa redonda "Temas habituais da agenda de cobertura jornalística na tríplice fronteira - mitos e verdades". Andrés Morales, diretor da Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP), da Colômbia, fará uma palestra sobre "Como adotar medidas de proteção e segurança para coberturas perigosas".

Outras sessões do primeiro dia incluem "O jornalismo e a ação da Justiça diante do crime organizado" e um "Guia de fontes para cobrir a tríplice fronteira: Treinamento sobre como investigar contrabando, crimes financeiros, controle de alfândega e litígios internacionais".

No sábado, 27 de novembro, o encontro vai até Puerto Iguazú, na Argentina, onde os participantes visitarão a reserva indígena Yryapu dos Mby'a Guaran, para debater assuntos que afetam a comunidade. À tarde os jornalistas seguem para Foz do Iguaçu, no Brasil, para debater "Os mitos e verdades sobre o suposto financiamento do terrorismo islâmico a partir da Tríplice Fronteira, na União Dinâmica de Faculdades Cataratas.

As jornadas de capacitação programadas para domingo, 28 de novembro, são "Cobertura jornalística do contrabando e do narcotráfico" e "Interesses políticos e econômicos na cobertura de temas que afetam comunidades migrantes ou culturas distintas."

O evento concluirá com a apresentação de uma "Declaração dos Jornalistas da Tríplice Fronteira", na qual os participantes farão recomendações e firmarão compromissos quanto aos temas debatidos.

Para mas informações, incluindo o formulário de inscrições, acesse esta página e veja esta entrevista com o presidente da FOPEA, Gabriel Michi, feita por Summer Harlow durante o 8ª Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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