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Juiz declara prisão de comunicador social e dirigentes ambientalistas em Honduras

Um juiz declarou ordem de prisão contra um comunicador social e outros 16 dirigentes ambientalistas em Honduras, por supostamente oporem-se a um plano de manejo florestal em uma propriedade de 600 hectares no município de El Porvenir, no centro do país, afirmou o Comité pela Liberdade de Expressão (C-Libre, na sigla em espanhol).

Carlos Amador, editor do programa de notícias "Em linha direta com o povo", da rádio Porvenir Stereo, afirmou que o juiz o acusou de usar a emissora para incitar a violência. "Acho que há uma perseguição política e uma violação da liberdade de expressão, querem calar as comunidades e isso não vai acontecer", disse, segundo o jornal IFEX.

Amador disse ao jornal digital defensoresenlinea.org, do Comitê de Familiares Desaparecidos em Honduras (COFADEH, na sigla em espanhol), que "a justiça não faz prevalecer o direito que nós cidadãos temos de defender o meio ambiente”.

Em declarações reproduzidas pelo jornal Tercera Información, a advogada defensora dos ambientalistas, Kenia Oliva, qualificou a decisão do juiz como "injusta" e afirmou que irá recorrer. Ela também enfatizou que o juiz "queria calar" a voz de Amador por meio do programa de rádio que comanda na região, proibindo-o de divulgar qualquer informação sobre o caso. "Quando perguntamos se ele estava cerceando a liberdade de expressão, respondeu que não”.

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