Para o Instituto Internacional da Imprensa (IPI), o Equador enfrenta “uma crise de liberdade de imprensa”. O anúncio foi feito durante a divulgação do relatório final da visita de uma missão do IPI ao país, realizada entre 7 e 11 de maio no país, informou o IPI.
Segundo o relatório , a mídia privada tem sido alvo de ataques do governo do presidente Rafael Correa, que usa diferentes táticas- como a elaboração de projetos de lei para enfraquecer os veículos independentes e a repetição sistemática de um discurso ofensivo para minar a “reputação de jornalistas críticos, editores e grupos que trabalham pela liberdade de imprensa”, explicou o IPI.
O IPI considera que o jornalismo investigativo crítico poderá se enfraquecer caso a Lei de Comunicação e um novo Código Penal sejam aprovados, acrescentou o El Comercio. A organização chamou a atenção para as mensagens oficiais que buscam silenciar o distorcer a crítica, gerando “uma palpável sensação de medo e resignação entre os jornalistas e nas redações, levando à autocensura”.
Para o IPI, entre a visita de sua missão ao Equador e a publicação do relatório, a situação parece ter piorado. O fechamento de pelo menos nove emissoras de rádio e TV regionais, a proibição aos ministros de conceder entrevistas a meios privados e a suspensão da propaganda oficial em veículos críticos são alguns dos problemas apontados pelo IPI.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.