Uma emissora equatoriana foi fechada e vários de seus equipamentos foram apreendidos por autoridades governamentais na última quarta-feira, 18 de setembro, na cidade de Guayaquil (sudoeste do país), informou a agência de notícias AFP. De acordo com a Superintendência de Telecomunicações, Supertel, o fechamento ocorreu porque a emissora operava ilegalmente.
Carlos Izurieta, funcionário da Supertel, disse a Ecuavisa que a emissora “vem há algum tempo descumprindo o contrato de concessão outorgado pelo Estado”, segundo o diário La Hora. O funcionário confirmou que na operação foram recolhidos alguns equipamentos para impedir o funcionamento “clandestino” da rádio, acrescentou o La Hora.
De acordo com vários jornalistas que foram consultados pela ONG equatoriana Fundamedios, a emissora mantinha uma linha editorial crítica ao governo, sem ser totalmente de oposição. A organização também falou de problemas econômicos que a emissora vinha enfrentando. Os representantes da rádio não deram declarações.
A emissora Radio Centro de Guayaquil saiu do ar depois de 34 anos de operação e no momento em que a Corte Constitucional do país examina uma ação interposta por jornalistas e opositores que buscam a suspensão da Lei Orgânica de Comunicação, que alegam ser inconstitucional.
A lei, aprovada em junho pelo Congresso de maioria governista, implementa recursos que permitem o controle sobre a mídia e reduz a participação privada neste setor mediante uma nova repartição de frequências, acrescentou AFP.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.