Em um contexto de violência generalizada, instabilidade política e crescente impunidade na América Latina, a liberdade de expressão é constantemente violada em países da América Central, onde jornalistas são ameaçados, atacados, intimidados, sequestrados, torturados e assassinados por razões políticas, financeiras, criminais e ideológicas.
O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas criou um mapa interativo que registra os ataques contra jornalistas na América Central, destacando prisões, ataques armados e assassinatos de comunicadores na região. O mapa mostra dados de março de 2010 a dezembro de 2011 e reflete os padrões encontrados em recentes relatórios da mídia global..
Em Honduras, onde a imprensa foi qualificada como “não livre” em um relatório da Freedom House de 2011, 17 jornalistas foram assassinados desde janeiro de 2010, o que converte este país no segundo na América Latina com maior número de repórteres assassinados, superado apenas pelo México. Nenhum destes crimes contra jornalistas foi resolvido pela justiça, um indício da tendência a uma maior impunidade, um fenômeno que tem alcançado outros países da região.
Enquanto Honduras apresenta o maior número de ataques contra jornalistas na América Central, aGuatemala responde por oito ataques do gênero.
O aumento da violência contra a imprensa em outros países é menos evidente no mapa. Três dos cinco países que registram ataques, prisões ou assassinatos caíram várias posições na Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa 2011-2012 desenvolvida pela organização Repórteres Sem Fronteiras. Estes países foram classificados abaixo do nº 100.
Em todos estes países, a censura direta e a autocensura gerada pelo medo também estão impedindo que jornalistas realizem seu trabalho de fiscalização.
Este mapa é parte de uma série de projetos originais do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas e será atualizado a cada novo ataque.