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"Ocupe a Pública": novo crowdfunding da Agência Pública quer aproximar leitor da produção de reportagens

"Reconhecer que o jornalismo é assunto sério demais para deixar a cargo apenas dos jornalistas". Essa frase resume o espírito do novo projeto de crowdfunding da Pública. Em sua segunda investida em financiamento coletivo, a agência de jornalismo investigativo quer arrecadar 50 mil reais para custear dez reportagens, e propõe que os leitores-colaboradores escolham as pautas e acompanhem sua produção.

Com o slogan "Ocupe a Pública", o veículo anunciou a Reportagem Pública 2015 na quarta-feira, 21 de janeiro, e receberá doações até 7 de março pelo site Catarse, com valores a partir de R$20. Quem doar passará a fazer parte de um conselho editorial e decidir quais investigações serão produzidas ao longo de dez meses. A ideia é abrir o diálogo entre editores e repórteres e seus leitores.

"Vamos produzir juntos reportagens que façam a diferença e construir juntos um novo jornalismo, capaz de municiar os cidadãos no legítimo desejo de transformar a sociedade e influir nos rumos do nosso país", convida a Pública em seu site.

Após levantar o financiamento, a agência vai publicar todo mês três propostas de pauta e colocá-las para votação no site do projeto. Depois de escolhido o assunto, o conselho editorial vai poder interagir com os repórteres da Pública e acompanhar de perto a produção da matéria. "Não é só doação, a gente quer mudar a relação do leitor com o produtor de informação", ressalta Natália Viana, diretora da Pública, no vídeo de divulgação do projeto no Catarse.

Em 2013, na primeira edição da iniciativa, a agência conseguiu R$ 59 mil de 808 colaboradores. O valor foi distribuído em 10 bolsas de reportagens investigativas independentes. Algumas delas receberam prêmios nacionais, como a matéria sobre a chegada e o perigo das penitenciárias privadas no país, vencedora do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.

No vídeo abaixo, as diretoras e os repórteres da Pública explicam a proposta da Reportagem Pública 2015. A equipe também organizou uma lista de perguntas frequentes para tirar as principais dúvidas sobre o projeto.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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