Por Ingrid Bachmann
A Repórteres sem Fronteiras (RSF), a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) e a Artigo 19 são algumas das organizações que acusaram o governo de Chiapas, no México, de abusar do direito penal no fechamento, em 12 de outubro, da rádio comunitária Proletaria, com a detenção de seus operadores, informou La Jornada.
Segundo a Amarc e o Ifex, entre 25 e 30 pessoas encapuzadas e armadas – membros da fiscalização da polícia estadual – chegaram na semana passada na sede da Organización Popular Emiliano Zapata (OPEZ), que abrigava a emissora comunitária, e confiscaram tudo o que havia na rádio, incluindo os equipamentos de transmissão.
Em um comunicado, a RSF exigiu às autoridades estaduais explicações pela operação e lembrou que, se a rádio operava ilegalmente, bastava emitir uma ordem judicial sobre o assunto, “sem recorrer à repressão e à censura”. A nota acrescenta que a “criminalização das rádios comunitárias no México não é nova”.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.