Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias para a América Latina e o Caribe (AMARC-ALC) expressaram preocupação com a readmissão incondicional de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA), fórum do qual o país havia sido suspenso após o golpe de 28 de junho de 2009, informou o Hora Cero.
Organizações de defesa da liberdade de expressão manifestaram dúvidas de que o retorno de Honduras à OEA possa assegurar o restabelecimento das liberdades públicas no país e afirmaram que, antes de reintegrá-lo no fórum regional, certas condições deveriam ter sido levadas em conta, como acabar com a impunidade dos crimes cometidos, “particularmente contra jornalistas e defensores dos direitos humanos", após o golpe, explicou o El Nuevo Diário.
Além disso, a reeintegração do país à OEA deveria estar condicionada também a reformas nas leis de radiodifusão e telecomunicações e ao acesso às informações públicas pós-golpe, detalhou a RSF.
Após o golpe de estado, a violência contra jornalistas se multiplicou em Honduras que, com 10 repórteres assassinados em 2010, se tornou o segundo país mais perigoso para exercer o jornalismo na América, atrás somente do México.
O secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, advertiu, no entanto, que o retorno de Honduras para o fórum regional "não significa anistia para violações dos direitos humanos nesse país", noticiou a agência Telam.
» El Heraldo (Regresso sombrio à OEA)
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.