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Parlamentares do estado de Veracruz, no México, criam uma comissão para a proteção de jornalistas

Em Veracruz, estado mexicano onde nove jornalistas foram brutalmente assassinados em 18 meses, parlamentares aprovaram a criação da Comissão Estatal para a Atenção e Proteção de Jornalistas, informou o jornal El Universal.

A comissão foi proposta pelo governador, Javier Duarte Ochoa, para proteger jornalistas que pedirem segurança e será um órgão autônomo, compostos por quatro jornalistas, dois empresários de comunicação, dois representantes de organizações civis e uma pessoa com reconhecida trajetória acadêmica, explicou o diário Imagen del Golfo.

Desde junio, o México já conta com uma lei federal de proteção de jornalistas.

Por conta da impunidade nos casos de jornalistas assassinados, inclusive com sinais de tortura, Veracruz é hoje considerado um dos 10 lugares mais perigosos do mundo para a imprensa, segundo a Repórteres Sem Fronteiras.

Até o momento, a autoridades de Veracruz ainda não conseguiram esclarecer nove crimes contra jornalistas. Tal impunidade é um dos motivos da fuga de profissionais estado - um deles já pediu asilo aos Estados Unidos.

Após a morte de uma jornalista, as autoridades de Veracruz tentaram vincular a repórter ao crime organizado. Em outro caso, defenderam a hipótese de crime passional. Só no crime mais recente prenderam três suspeitos.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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