Uma repórter da Globovisión contou que foi ameaçada de morte junto com colegas de equipe enquanto cobria ataques de partidários do presidente Hugo Chávez contra a comitiva do candidato de oposição, Henrique Caprilles Radonski, em Cotiza, bairro da capital Caracas, informou o site da emissora televisiva.
A jornalista Sasha Ackerman, o cinegrafista Frank Fernandez e o assistente Esteban Navas foram ameaçados com armas por desconhecidos que vestiam as cores do partido de Chávez e obrigados a entregar o equipamento de trabalho com o material gravado, que mostrava o tiroteio desferido contra pessoas que acompanhavam Caprilles, de acordo com a Rádio RCN.
“Um dos homens armados me agrediu e apontou a pistola em minha direção. O cinegrafista se escondeu em uma casa da região, mas o ameaçaram e tomaram as fitas que registraram a caminhada", explicou Ackerman, citada pelo jornal La Opinión.
Funcionários da Globovisión divulgaram um comunicado exigindo que o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC) investigue o episódio, considerado um "novo ataque à imprensa e ao direito à informação de todos os venezuelanos". O documento também ressalta que não é a primeira vez que profissionais do canal são agredidos e despojados de seu material de trabalho.