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Polícia hondurenha intimida dois jornalistas de TV na véspera do Natal

As festas de fim de ano não significaram uma trégua nos ataques à imprensa hondurenha. A organização Comitê pela Liberdade de Expressão em Honduras (C-Libre, em espanhol) denunciou que membros da Polícia Nacional ameaçaram de morte um cinegrafista e intimidaram um correspondente de televisão em dois episódios separados durante os últimos dias de 2011. Como resultado, a organização espanhola Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura (ACAT em ​​espanhol) enviou uma carta ao presidente hondurenho Porfirio Lobo exigindo medidas eficazes para deter a agressão contra jornalistas em Honduras, informou El Heraldo.

Na véspera do natal, o policial Elmer Ardón ameaçou de morte o cinegrafista Uriel Gudiel Rodríguez, que trabalha para o Canal 45 na cidade de Danlí, no sul do país.

Rodríguez assegura que as ameaças foram motivadas pelas imagens que a mídia transmitiu do principal suspeito de assassinar o lider da resistência hondurenha, Mahadeo Roopchand Sadloo, conhecido como Emo. Durante o velório deste líder, membros da resistência capturaram o policial Reide Arturo Ardón, familiar do agente que ameaçou o cinegrafista, mas Rodríguez ter sido responsável por estas imagens, segundo o C-Libre.

Rodríguez também foi agredido em duas ocasiões anteriores pela polícia, em março e maio de 2011, durante a cobertura de diferentes manifestações estudantis, informou IFEX.

No dia anterior, Leonel Espinoza, correspondente da Cadeia NTN 24 da Colômbia, denunciou ter sido interceptado por policiais enquanto dirigia seu carro na capital hondurenha Tegucigalpa. Desconfiado, o jornalista tentou fugir, momento em que a polícia disparou contra seu veículo e o fez sair do carro, de acordo com o jornal Tiempo. Espinoza disse que gritou por socorro e fugiu.

Diante da gravidade do caso, o jornalista recorreu à Embaixada dos Estados Unidos para solicitar proteção e interpôs uma denúncia perante a Direção Geral de Investigação Criminal (DGIC), noticiou C-Libre.

Com 17 assassinatos de jornalistas cometidos desde 2010, Honduras é considerado o segundo país mais perigoso para exercer o jornalismo no continente americano.

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