Por Maira Magro
Dois guardas municipais e um terceiro homem foram indiciados no inquérito que investiga o sequestro e a tortura sofridos em 20 de maio pelo jornalista Gilvan Luiz Pereira, editor e dono do Jornal Sem Nome, de Juazeiro do Norte, no Ceará, informou o Diário do Nordeste.
Os dois guardas trabalhavam como seguranças do prefeito da cidade, Manoel Santana (PT), afirmou o site Ceará Agora. O terceiro indiciado é o dono do carro usado no sequestro.
Pereira vinha criticando a administração de Santana em seu jornal e denunciou que estava recebendo ameaças de morte. Segundo o site Jangadeiro Online, ele chegou a escrever que o prefeito e um vereador seriam os culpados no caso de um atentado.
O delegado responsável pelas investigações afirmou que “os autores queriam agradar ao prefeito”, mas, como relata o Ceará Agora, fez questão inocentar Santana, declarando que este “não sabia de nada”. Manifestantes foram às ruas para cobrar da polícia o nome do responsável pelo crime, diz o site.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.