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Presidente do Equador desafia meios de comunicação que criticam o governo

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  • 13 julho, 2010

Por Ingrid Bachmann

Em um novo capítulo das tensas relações entre o governo e a imprensa privada no Equador, o presidente Rafael Correa se declarou "contentíssimo" com a campanha contra os meios de comunicação difundida pelo governo em emissoras de TV durante a Copa do Mundo, informou o jornal La Hora. A campanha acusa os meios de comunicação de "distorcerem a verdade" e criarem "uma ditadura".

Somada a outros anúncios oficiais, a campanha teria custado US$ 900 mil, e foi criticada por veículos de comunicação e organizações de defesa da liberdade de imprensa. A Associação Equatoriana de Editores de Jornais considerou os anúncios "gravemente ofensivos" e criticou uma juiza que negou, sumariamente, um recurso legal de parlamentares que tentavam barrar a campanha.

No centro das disputas entre a imprensa e o governo está a Lei de Comunicação, em debate na Assembleia Nacional. Veículos de comunicação argumentam que a lei contraria a liberdade de expressão.

O presidente Rafael Correa acusou os meios de comunicação de boicotarem o projeto de lei durante oito meses. "Como a lei estabelece responsabilidades pelo que dizem, para que não possam enganar ninguém, agora querem nos meter medo de que há censura prévia, que acabou a liberdade. Mentira!", exclamou.

A bancada governista da Assembleia prorrogou quatro vezes o debate da lei. A oposição denunciou negociações de votos para garantir a aprovação, afirmou El Universo.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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