Por Dean Graber
Os jornais latinoamericanos só sobreviverão com a ajuda do Estado, mas não necessariamente pela publicidade governamental, escreve Eduardo Bertoni, experiente analista de mídia, para o Huffington Post=.
“Os governos devem apontar políticas públicas claras para fortalecer a democracia, como, por exemplo, a concessão de subsídios e benefícios fiscais para os jornais”, afirma Bertoni, que é diretor do Centro de Estudos em Liberdade de Expressão da Faculdade de Direito da Universidade de Palermo, na Argentina. Ele também foi Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos.
Os modelos de financiamento explorados atualmente, e colocados em prática em outras regiões – conteúdos pagos, anunciantes privados e renda procedente de doações –, não representam uma solução viável para a América Latina.
“A ideia de transformar as empresas jornalísticas em espécies de organizações não-governamentais, sustentadas com doações generosas, não funcionará na América Latina. Tal estrutura é possível em países onde um grupo substancial de pessoas está disposto a doar recursos para esses projetos, e onde existam marcos legais claros e previsíveis que permitam investimentos seguros no mercado de ações. É pouco provável que essa combinação possa se dar na América Latina”.
Leia a nota completa de Bertoni (em inglês) aqui.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.