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Radialista crítico de autoridades locais e sua esposa são assassinados no leste de Honduras

Um apresentador de rádio que criticava autoridades locais foi baleado e morto no leste de Honduras em 31 de outubro por indivíduos desconhecidos em uma moto.

Buenaventura Calderón (Facebook: Kupia Kumi)

Buenaventura Calderón (Facebook: Kupia Kumi).

Buenaventura Calderón, 73 anos, estava em Puerto Lempira, no departamento de Gracias a Dios, com sua esposa, a professora Maribel Bolian, quando os dois foram atacados, segundo a organização para a liberdade de expressão C-Libre. Calderón morreu no local e Bolian morreu mais tarde no hospital.

Eles estavam voltando do trabalho e estavam na frente de sua casa quando o ataque aconteceu, informou El Heraldo.

Calderón tinha um programa de rádio na estação Kupia Kumi 94,9, de propriedade da Igreja Católica em Puerto Lempira, como informou o C-Libre. Ele também era líder do Partido Libertad y Refundación (LIBRE) em Gracias a Dios, acrescentou a organização.

Calderón e Bolian eram bem conhecidos na área, de acordo com o El Tiempo.

As pessoas que conheciam Calderón disseram ao Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) que o apresentador criticava autoridades locais no ar e a suposta corrupção nos serviços de educação e saúde. Eles também disseram que ele apontou para investigações de casos de tráfico de drogas que ficaram impunes.

C-Libre disse que Calderón é o quinto profissional de mídia assassinado em Honduras em 2019.

"As autoridades hondurenhas devem investigar minuciosamente o assassinato de Buenaventura Calderón e determinar se a morte está relacionada a seu trabalho de reportagem", disse Natalie Southwick, coordenadora do programa para a América Central e do Sul do CPJ, segundo um comunicado da organização. "Os jornalistas de rádio são uma fonte vital de informação para comunidades isoladas e rurais de Honduras, e as autoridades devem garantir que qualquer tentativa de silenciá-las não fique impune."

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