A saída do jornalista colombiano Daniel Pardo da revista digital Kien&Ke, após a publicação de uma coluna a respeito da pressão exercida pela petrolífera canadense Pacific Rubiales sobre a imprensa do país por meio da publicidade segue gerando polêmica desde o mês passado.
Diversos meios já debateram o tema. O portal La Silla Vacía , por exemplo, fez uma linha do tempo que mostra a cobertura jornalística sobre a empresa nos últimos três anos.
No dia 16 de novembro, o Consultório Ético, da Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI) realizou um debate pelo Twitter sobre a influência da publicidade na linha editorial da imprensa.
Durante uma hora, os usuários foram convidados a responder perguntas como: De que forma os veículos podem evitar que a publicidade interfira no tratamento dado às investigações jornalísticas?; Qual é a forma correta de identificar uma matéria publicitária, para separar informação de publicidade?
Alguns participantes afirmaram ser clara a influência da publicidade sobre o conteúdo jornalístico. Alguns destacaram, inclusive, que o jornalista tem pouco a fazer quando a ordem vem da diretoria do veículo.
@fnpi_org @eticasegura ¡Por supuesto! He trabajado en periódicos y en la radio, y hasta en la universitaria, cuentan las pautas.
— Norma Valle (@nvalleferrer) noviembre 16, 2012
@jfbeltranr Todos sabemos que la mayoría de medios dependen de la publicidad, no conozco alguno que no... o hay alguno? #ÉticaEnRed
— Everson Gramajo (@egramajos) noviembre 16, 2012
@eticasegura Por más que el periodista evite eso, el dueño del medio ejercerá presión sobre su trabajo, obligandolo a obedecer#ÉticaEnRed
— Wilson Torres (@wastorres) noviembre 16, 2012
En una ocasión me tope con un director que dijo: de esto no se escribe porque no pautan con nosotros. #ÉticaEnRed @fnpi_org #periodismoEC
— Rocío Elizalde (@rocioelizalde) noviembre 16, 2012
A partir do debate, o Consultório Ético da FNPI selecionou as respostas para as 10 perguntas mais importantes sobre a separação entre jornalismo e publicidade.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.