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Relatório do governo americano aponta piora na situação da liberdade de expressão no Equador em 2010

A relação entre a imprensa e o presidente do Equador, Rafael Correa, continuou se deteriorando nos últimos meses, período em que foram registradas denúncias de censura indireta e de autocensura, segundo um relatório do Departamento de Estado americano sobre direitos humanos, informou a EFE.

O documento ressalta que Correa “restringiu na prática” o direito à liberdade de expressão, explicou a agência AP.

"Ataques verbais e jurídicos contra a imprensa por parte do presidente Correa e seu governo continuaram durante o ano (2010). A relação entre a imprensa e o governo continuou se deteriorando e há registros de censura indireta e autocensura", diz o relatório.

Desde fevereiro, o presidente está processando jornalistas e pedindo indenizações milionárias, que chegam a 90 milhões de dólares, por causa de um artigo e de um livro que relata suposta corrupção em seu governo.

Da mesma forma, um relatório da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) apontou o Equador como um dos países onde a liberdade de expressão sofreu grande retrocesso no último ano. “Correa pisou no acelerador (…) contra o jornalismo independente ou crítico”, afirma o documento, que também adverte: a situação poderá piorar, caso, no próximo dia 7 de maio, o presidente consiga que um referendo aprove regras para a criação de um conselho estatal para regular e controlar o conteúdo da imprensa.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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