Menos de uma semana após Franklin Meléndez, diretor da rádio comunitária La Voz de Zacate Grande, no Sul de Honduras, ser baleado em uma das pernas, a repórter Ethel Corea, da mesma emissora, foi ameaçada de morte, informou a IFEX.
A ameaça veio de Porfirio Medina, o mesmo que baleou Meléndez, segundo o Comitê pela Livre Expressão (C-Libre). Será a “segunda a morrer”, disse ele a Corea.
Em outro episódio de ameaça contra a imprensa, o comissário do Instituto de Acesso à Informação Pública (IAIP), o advogado Arturo Echenique Santos, ameaçou processar a repórter do Revistazo.com Eleana Borjas, depois de o IAIP negar um segundo pedido de informação do veículo para o qual ela trabalha, explicou o C-Libre.
As ameaças acontecem após o governo se comprometer com a ONU a tomar medidas para proteger a imprensa e a liberdade de expressão no país.
Após o golpe de Estado de 2009, as agressões à imprensa se multiplicaram em Honduras. Apenas em 2010, 10 jornalistas foram assassinados. Também tem se registrado um crescente ataque a meios comunitários rurais.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.