Por Ingrid Bachmann
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que reveja sua denúncia do assassinato do jornalista mexicano Benjamín Flores González, em 1997. A morte do editor de jornal permanece impune.
Em 2000, a CIDH rejeitou a denúncia original da SIP, alegando que os recursos da jurisdição local não haviam sido esgotados. Recentemente, a SIP reenviou o caso à CIDH, apresentando novas evidências de irregularidades na investigação.
Flores González era editor do La Prensa no estado mexicano de Sonora. Segundo o Committee to Protect Journalists (CPJ), ele era conhecido por sua agressiva cobertura do tráfico de drogas. Uma de suas reportagens denunciou o desaparecimento de meia tonelada de cocaína que estava sob custódia da polícia. O jornalista foi baleado em frente ao prédio de seu jornal. O assassinato teria sido em represália ao trabalho dele.
Nesta semana, o CIDH realiza sua 140ª sessão de audiências. O cronograma inclui audiências sobre a liberdade de imprensa em Honduras, na Bolívia e no Equador, além de uma reunião fechada sobre a liberdade de imprensa na Venezuela.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.