O site de notícias venezuelano El Pitazo e o diretor de notícias Darío Arizmendi foram reconhecidos pelos prêmios Ortega y Gasset, do jornal espanhol El País.
El Pitazo ganhou o prêmio de melhor cobertura multimídia por sua reportagem “La generación del hambre” ("A geração da fome"), segundo anunciou El País em 11 de abril.
Este projeto foi realizado pela jornalista Johanna Osorio Herrera e teve o apoio da plataforma jornalística Connectas.
"Esta é a primeira vez que um meio venezuelano ganha o Ortega y Gasset e, é claro, isso é motivo de grande orgulho e satisfação para nós de El Pitazo", disse César Batiz, diretor do El Pitazo, ao Centro Knight.
"É um trabalho que é o resultado dessa confluência de vários fatores de trabalho em equipe, mas também de ter claro o foco do que íamos fazer desde o início. E, é claro, também devemos destacar a colaboração e o apoio da equipe de Connectas neste projeto", disse.
A reportagem tenta refletir o impacto da crise econômica, política e social do governo do presidente Nicolás Maduro sobre o crescimento, a alimentação e o bem-estar das crianças menores na Venezuela.
"Los muertos que me habitan" (“Os mortos que me habitam”) é a reportagem publicada na revista espanhola 5W que ganhou o prêmio de melhor reportagem ou investigação jornalística. Este trabalho, que faz parte de um projeto da Ruido Photo, é assinado por Agus Morales, diretor da 5W, e o fotógrafo espanhol Eduardo Ponces. Eles contam a história de um homem que decidiu enterrar os corpos que o mar Mediterrâneo lança à costa da Tunísia.
O prêmio de melhor fotografia foi dado ao fotógrafo da agência Reuters, Vincent West, por uma imagem de sua cobertura da massiva marcha feminista em 8 de março de 2018 em Bilbao, na Espanha.
E o prêmio em reconhecimento à trajetória profissional foi dado ao veterano jornalista colombiano Darío Arizmendi.
Arizmendi é diretor de notícias da cadeia Caracol, foi fundador e diretor (1971-1990) do jornal El Mundo de Medellín e embaixador plenipotenciário da Colômbia na Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York em 1989.
Na década de 1980, Arizmendi teve que deixar a Colômbia depois de sofrer várias tentativas de assassinato, segundo El País.
Os prêmios serão entregues no dia 9 de maio em uma cerimônia em Madri, na Espanha. Cada prêmio tem uma dotação de 15 mil euros e uma obra do escultor basco Eduardo Chillida.
Este prêmio, fundado pelo El País em 1984 em homenagem ao jornalista José Ortega y Gasset, é um reconhecimento dos trabalhos jornalísticos em espanhol que buscam rigor, independência e defesa das liberdades, segundo El País.