A Câmara Nacional da Indústria do Rádio e da Televisão (CIRT), que representa a maioria das empresas de rádio e TV do México, anunciou que recorrerá a instâncias internacionais para denunciar a atual lei eleitoral, por atentar contra as liberdade de expressão e imprensa, informou o El Universal.
Os membros da CIRT temem que reportagens, debates ou entrevistas com candidatos sejam sancionados pelas autoridades eleitorais, acrescentou a rádio Fórmula. O anúncio, feito ontem, aconteceu um dia depois de o Tribunal Eleitoral punir dois veículos de comunicação. A CB Televisión foi multada por abordar a campanha de partidos políticos no estado de Michoacán, já que os programas especiais de política estariam proibidos. Já a TV Azteca foi multada por transmitir, ao vivo, imagens do lutador mexicano Juan Manuel Márquez com a marca do Partido Revolucionário Institucional (PRI).
O comunicado da CIRT também cita outros exemplos de investigações e sanções contra meios de comunicação por supostas violações da lei eleitoral aprovada em 200, que proíbe partidos e candidatos de comprar espaço publicitário em meios eletrônicos. A seguir, os casos mais recentes:
-No estado de Tabasco, a rádio Oye 99.9 foi sancionada por “realizar mais entrevistas do que deveria com um dos candidatos”.
-O Tribunal Eleitoral acusou 21 emissoras e 46 profissionais de “vender entrevistas” aos candidatos ao governo de Michoacán e sancionou pré-candidatos pela participação em debates político, sem mostrar evidências de que os políticos realmente compraram tempo das emissoras para a exibição de entrevistas.
-O Tribunal também condenou uma entrevista de TV com a candidata à Presidência Josefina Vázquez Mota, então pré-candidata dp Partido Acción Nacional (PAN), por supostamente ressaltar as qualidades dela
- Uma emissora do estado de Nayarit foi sancionada por organizar um debate entre candidatos, por supostamente vender tempo no ar a partidos políticos.
