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WikiLeaks divulga novo banco de dados, agora sobre espionagem internacional de indivíduos

Na quinta-feira 1 de dezembro, o WikiLeaks divulgou um banco de dados com mais de 287 arquivos que "expõem as atividades de cerca de 160 empresas de 25 países que desenvolvem tecnologias para rastrear e vigiar pessoas por meio de aparelhos de celular, contas de email e históricos de busca na internet", informou a France Presse.

Batizado de Spy Files (algo como Arquivos Espiões), o banco de dados mostra que, em diversos países, empresas de vigilância ajudam governos a espionar indivíduos e "comunidades de interesse" em escala industrial, argumentou o próprio WikiLeaks em seu site.

Se os documentos divulgados anteriormente pelo WikiLeaks, como os sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, foram enviados a jornais como o New York Times e o Guardian, desta vez o site escolheu veículos de seis países – Washington Post, dos Estados Unidos, ARD, da Alemanha, Bureau of Investigative Journalism, do Reino Unido, The Hindu, da Índia, L’Espresso, da Itália, e OWNI, da França.

Em novembro, o WikiLeaks recebeu o prestigiado prêmio Australian Walkley, por sua contribuição ao jornalismo. Seu fundador, Julian Assange, ao falar durante a cúpula da Rede Global de Editores, acusou a imprensa tradicional de ser corrupta. Segundo ele, as melhores matérias sobre os documentos secretos da diplomacia americana foram feitas por jornais de Índia, Costa Rica, El Salvador e Quênia, acrescentou o Journalism.co.uk. No início de 2011, Assange entrou em conflito com o New York Times, o Guardian e outros de seus então parceiros, que condenaram a divulgação de mais de 251 mil documentos diplomáticos da íntegra.

Enquanto isso, a revista americana Forbes destacou que o novo sistema de envio de documentos programado pelo WikiLeaks para 28 de novembro ainda não foi lançado.