Na Venezuela, as liberdades informativas digitais são sistematicamente censuradas e atacadas, segundo “Algoritmos do Silêncio”, o Relatório Anual de Direitos Digitais de 2023 da Ipys Venezuela. Durante o ano passado, 46 portais de informação foram bloqueados e 12 meios de comunicação e quatro jornalistas sofreram roubo de identidade.
Após ter apresentado em março o VerificAudio, uma ferramenta de IA para detectar áudios manipulados e combater a desinformação, o grupo de mídia Prisa começará a usá-lo em suas rádios de notícias na Espanha, México, Colômbia e Chile. O grupo avalia colaborar com outros meios que estejam interessados na ferramenta.
No livro-reportagem “O púlpito”, a jornalista da Folha de S.Paulo Anna Virginia Balloussier discute temas como empreendedorismo, política, dízimo, aborto e sexo entre evangélicos, buscando, segundo diz na introdução, evitar “cair na cilada de reduzir indivíduos a estereótipos”. Em uma entrevista, ela descreve como busca compreender um fenômeno altamente heterogêneo e responde a críticas ao seu trabalho.
Todos os anos, o Relatório Sombra da Voces del Sur monitora os ataques à imprensa na América Latina. Com a consolidação de regimes antidemocráticos e a proliferação do crime organizado em alguns países, em 2023 houve um aumento nos discursos estigmatizantes contra jornalistas.
O Rio Grande do Sul enfrenta seu maior desastre climático, com enchentes que desabrigaram mais de 580 mil pessoas e deixaram 172 mortos. Jornalistas locais, muitos também afetados, se dedicam a essa cobertura sem precedentes. A LJR conversou com jornalistas dos meios digitais Matinal, Sul21 e Nonada, que contaram sobre suas experiências e o senso de comunidade entre jornalistas fortalecido em meio ao caos no estado.
Jornalistas e fotojornalistas venezuelanos fazem outros trabalhos fora do jornalismo para ganhar uma renda extra para sobreviver. Em 20 anos de governo de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, 400 meios de comunicação foram fechados.
O jornalista nicaraguense Carlos Fernando Chamorro recebeu o prêmio Caneta de Ouro da Liberdade durante o 75º Congresso da WAN-IFRA. Chamorro dedicou o prêmio a seus colegas no exílio e a todos os jornalistas latino-americanos que enfrentam perseguição política, prisão e violência criminal em seus países.
Frente à proposta de uma nova lei de telecomunicações na Nicarágua, jornalistas independentes estão se preparando para possíveis bloqueios de seus sites, regulamentação do conteúdo audiovisual e controle de equipamentos de produção. Alguns meios já iniciaram campanhas para informar os leitores sobre medidas possíveis para contornar a censura.
Supremo Tribunal Federal define que processos coordenados contra jornalistas são uma forma de assédio judicial e também elabora tese de que erros são parte intrínseca da profissão. Medidas são consideradas passos positivos e importantes por especialistas, mas insuficientes para acabar com abuso das cortes contra a imprensa.
A DW Akademie e o veículo feminista salvadorenho Alharaca lideram o "Cambia la Historia", um programa de formação que busca ajudar no desenvolvimento de narrativas alternativas sob uma perspectiva de gênero. A convocatória para jornalistas e editores encerra no próximo dia 9 de junho.
Um novo relatório da Unesco confirma o que muitos jornalistas e pesquisadores já pensavam: o jornalismo de qualidade é bom para a democracia, o engajamento cívico e a responsabilidade do governo. Além disso, o investimento público no jornalismo aumenta a confiança dos cidadãos e promove os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.
Na América Latina, as mulheres que trabalham na imprensa enfrentam violência de gênero em seus locais de trabalho e na esfera pública por causa do trabalho que realizam, de acordo com um relatório publicado recentemente pela Federação Internacional de Jornalistas. Elas também sofrem altos níveis de insegurança no emprego.