No fim de junho, o Fórum de Jornalismo Argentino (Fopea) disse que prints falsos de supostas conversas de sua comissão diretora foram disseminados em uma “clara campanha de difamação por parte de operadores digitais ligados ao governo”. O próprio presidente do país, Javier Milei, participou dos ataques. Paula Moreno, presidente do Fopea, falou à LJR sobre o episódio, que se insere em um contexto de tensões entre o governo e a imprensa.
Um mês após ser libertado da prisão sob a condição de deixar Cuba, o jornalista Lázaro Yuri Valle Roca conversou com a LJR dos Estados Unidos, onde passou a viver, sobre o peso da pressão internacional para sua libertação, a luta que o levou a se tornar um prisioneiro político e como, sendo neto de um líder comunista, se tornou um opositor fervoroso.
A LJR apresenta uma lista de oito filmes latino-americanos de ficção que têm o jornalismo ou jornalistas em seu centro. A lista inclui desde um misterioso clássico colombiano da era dos filmes mudos até thrillers e sátiras políticos, incluindo também a resposta brasileira a Cidadão Kane.
Mais de 3.200 títulos, desde o cinema mudo até a atualidade, estão catalogados no portal Periodistas en el Cine (Jornalistas no Cinema), que oferece o mais completo banco de dados em espanhol sobre a representação do jornalismo na tela grande. Liderado por dois jjornalistas argentinos, o site publicou em maio um ranking dos 200 melhores filmes sobre a profissão jornalística e o mundo da mídia.
O fenômeno de jornalistas no exílio não é novo, de acordo com a relatora da ONU para a liberdade de expressão, Irene Khan. No entanto, o aumento nos últimos anos gera preocupação e a necessidade de que Estados e sociedade civil se unam para oferecer ajuda. Organizações latino-americanas estão aderindo a esse apelo.
Factchequeado, iniciativa de Chequeado e Maldita.es nos Estados Unidos, está apostando em projetos como um curso interativo no WhatsApp e um guia bilíngue para jornalistas, a fim de proteger as comunidades de língua espanhola daquele país contra a desinformação no período que antecede as eleições presidenciais de 5 de novembro.
Na época em que o jornalismo de dados estava em seus primeiros passos no Brasil e o acesso a informações públicas era limitado, a série de reportagens premiada 'Os Homens de Bens da Alerj' se destacou ao revelar o enriquecimento de políticos eleitos para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Vinte anos depois, o impacto daquela investigação pioneira ainda ressoa no jornalismo brasileiro, seja pelo uso de ferramentas avançadas de análise de dados ou pela aplicação da Lei de Acesso à Informação.
Em maio, José Rubén Zamora obteve o direito à prisão domiciliar em um tribunal da Guatemala. O jornalista, no entanto, nunca deixou o cárcere. Nesta semana, sofreu um novo revés jurídico. Um tribunal de apelações anulou a medida. Seu filho, José Zamora, diz que a decisão dá sequência ao assédio contra seu pai.
As inscrições estão abertas para o novo curso online gratuito em português para jornalistas brasileiros, "Como usar a Lei de Acesso à Informação (LAI) para produzir reportagens de impacto", organizado pelo Centro Knight para Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin em parceria com o Fiquem Sabendo.
O Fundo Internacional para Meios de Interesse Público (IFPIM) oferece apoio a meios de comunicação a serviço do público em suas estratégias de audiência. Até 1º de julho, veículos independentes de Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador e Paraguai podem participar da convocatória do IFPIM e obter financiamento por 24 meses.
A LJR conversou com Eloisa Beling Loose, pesquisadora e professora da UFRGS, sobre como o jornalismo pode aprofundar a discussão sobre mudanças climáticas. Ela destacou a importância de abordar não só as consequências, mas também as causas da crise climática, assim como a prevenção de desastres. Loose sugere que jornalistas incorporem o cuidado ambiental na cobertura e valorizem saberes tradicionais sobre o meio ambiente.
A desinformação e os obstáculos ao acesso a informações públicas são alguns dos obstáculos que jornalistas de Bolívia, Colômbia e México têm enfrentado ao cobrir questões relacionadas à água. Os repórteres compartilharam recomendações para melhorar a cobertura da crise hídrica.