o México aos Estados Unidos, França à Eslovênia, Austrália à Zâmbia, 244 jornalistas estrangeiros assinaram uma carta endereçada ao presidente da Nicarágua expressando preocupação com a crescente deterioração da liberdade de imprensa naquele país.
Passaram-se treze dias desde que dois jornalistas nicaraguenses independentes foram presos após a polícia entrar na estação de TV onde eles trabalhavam, obrigando-os a sair do ar.
O México continua sendo o país que não está em conflito armado mais mortífero para jornalistas no mundo. Essa foi uma das conclusões alcançadas por diversas organizações que defendem a liberdade de imprensa no final de 2018.
O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, e alguns de seus aliados não parecem ter diminuído o tom das declarações contra o jornalismo crítico desde a eleição, no fim de outubro.
Após um segundo e último debate, em 18 de dezembro, a Assembléia Nacional do Equador aprovou reformas na Lei Orgânica de Comunicação (LOC) do país, indicada por especialistas como a mais repressiva do continente.
Nos últimos quatro dias, agentes da Diretoria de Operações Especiais (DOP) da Polícia Nacional da Nicarágua estão ocupando o prédio que abriga a redação da revista Confidencial, do programa Esta Semana e do programa de entrevistas Esta Noche, em Manágua.
Três jornalistas na Venezuela e um blogueiro no Brasil estão entre os pelo menos 251 jornalistas presos em todo o mundo por causa de seu trabalho.
Agentes da Polícia Nacional da Nicarágua invadiram a redação da revista Confidencial em torno da meia-noite de 13 de dezembro, levando consigo equipamentos de informática e documentos, de acordo com relatórios da publicação.
O maior jornal independente da Venezuela deixará de circular em papel após o dia 14 de dezembro e voltará sua atenção para o seu site.
A mídia independente na Nicarágua precisa de recursos técnicos, um fórum internacional e maior visibilidade na imprensa internacional para garantir a continuidade de seu trabalho e atrair a atenção do mundo para a situação crítica que os jornalistas estão vivendo no país.
O site mexicano Lado B, de Puebla, nasceu há sete anos com o objetivo de contar histórias de pessoas que não costumam aparecer nos jornais convencionais. No entanto, é também um site que continua a criticar os que estão no poder.
Um encontro realizado em São Paulo no começo de dezembro reuniu comunicadores, organizações pela liberdade de imprensa e representantes do Estado para debater as ameaças enfrentadas pela imprensa, as medidas que o Estado vem tomando para combater a impunidade nos casos de violência contra trabalhadores da categoria e os próximos passos para o lançamento de uma rede de proteção a comunicadores no Brasil.