O projeto “Forbidden Stories”, lançado pelas organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Freedom Voices Network (Rede de Vozes pela Liberdade) em 31 de outubro, pretende proteger as “histórias proibidas” de jornalistas que estão em risco ou sob ameaça por fazer seu trabalho: reportar.
O México e o Brasil estão entre os países que apresentaram os maiores aumentos nas taxas de impunidade nos casos de assassinatos de jornalistas nos últimos 10 anos, de acordo com o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) e seu 10º Índice Anual de Impunidade Global.
Ao longo de 14.800 quilômetros e quatro meses, os repórteres Bob Fernandes e Bruno Miranda visitaram quatro estados brasileiros para descobrir quem puxou o gatilho e quem mandou disparar os 36 tiros que mataram seis jornalistas brasileiros em casos icônicos para a imprensa do país.
A organização de defesa dos jornalistas Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e a rede francesa TV5-Monde reconheceram o trabalho de jornalistas e meios de comunicação de Colômbia, México e El Salvador com indicações ao Press Freedom Prize 2017 (Prêmio de Liberdade de Imprensa de 2017).
Um operador de câmera que relatou receber ameaças de morte foi morto no oeste de Honduras em 23 de outubro.
Uma preocupação comum entre cidadãos e jornalistas de vários países da América Latina, a corrupção será a temática de um índice exclusivo para a região, com lançamento no próximo mês. O Daily Corruption: News Feed & Database (Corrupção Diária: Feed de notícias e base de dados) vai fornecer, diariamente, dados quantitativos e qualitativos sobre casos em curso de 29 nações latino-americanas e caribenhas.
Com objetivo de compartilhar experiências e colocar a ‘mão na massa’, a Escola de Dados organiza nos dias 25 e 26 novembro em São Paulo a segunda edição da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais, Coda.Br, evento pioneiro no país. A ideia é reunir profissionais de diversos campos para discutir questões comuns como responsabilidade algorítmica, machine learning e privacidade. As inscrições estão abertas.
O caso da jornalista colombiana Claudia Julieta Duque, que foi perseguida e torturada psicologicamente em 2001 e 2004, foi considerado pela Promotoria Geral da Nação como um crime contra a humanidade.
Os jornalistas foram alvo de sentimentos e ações anti-imprensa de funcionários públicos, forças de segurança e cidadãos antes e durante as eleições regionais para 23 governadores na Venezuela, realizada no dia 15 de outubro .
Ao ser assassinada em 23 de março de 2017 em Chihuahua, México, a jornalista Miroslava Breach entrou para o trágico rol de comunicadores que são alvo de violência na América Latina por trazer à luz as ilegalidades de grupos criminosos e do poder público na região.
Moradores de grotas, favelas, quebradas, aldeias, quilombos e bairros populares de todo o Brasil se reuniram no Rio de Janeiro para o 1º Encontro Nacional de Comunicação das Periferias. Após quatro dias de discussão entre 12 e 15 de outubro, 70 ativistas e comunicadores redigiram uma mensagem em que se comprometem a criar uma rede de apoio e ação para usar a comunicação como ferramenta para lutar pela vida e pela garantia de direitos humanos.
Todos querem ser senhores da memória e do esquecimento, escreveu o historiador francês Jacques Le Goff no começo dos anos 1980, a propósito das disputas entre diferentes grupos sociais pela memória coletiva de uma sociedade. Ao estudar a relação entre comunicação e história, a comunicóloga brasileira Marialva Barbosa retomou a ideia de Le Goff para afirmar que jornalistas são também “senhores da memória”, já que cotidianamente selecionam e determinam o que deve ser lembrado e o que pode ser esquecido.