A ligação entre a liberdade de imprensa e os desafios enfrentados pelo planeta, incluindo a mudança climática, é o tema do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa deste ano. Sob o lema "Uma imprensa para o planeta: O jornalismo diante da crise ambiental", neste 3 de maio acontecem discussões sobre como garantir o exercício jornalístico de profissionais que cobrem temas socioambientais, assim como estratégias para enfrentar a desinformação e o negacionismo da mudança climática.
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que neste ano tem por tema “O jornalismo face à crise climática”, a LJR apresenta um compilado de oportunidades abertas para jornalistas latino-americanos ligadas ao tema ambiental, desde bolsas de reportagens e mentoria até prêmios de diversos níveis.
Durante o primeiro trimestre de 2024, o Observatório de Jornalistas da Guatemala registrou 22 ataques e restrições à imprensa no país. Embora haja uma pequena melhoria em comparação com o mesmo período do ano anterior, organizações e jornalistas guatemaltecos continuam preocupados com a criminalização da profissão.
Para mostrar o impacto da seca na indústria agropecuária argentina, uma equipe de jornalistas do La Nación conversou com mais de nove produtores rurais. Eles também entrevistaram especialistas para entender as perdas de toneladas de cereais, assim como os milhões de dólares que não entraram no mercado.
Dez jornalistas e comunicadores contaram como têm sofrido ameaças e agressões por reportar atividades predatórias na Amazônia brasileira no relatório “Fronteiras da Informação”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH). O documento também oferece dicas de segurança e apresenta recursos de proteção aos quais jornalistas podem recorrer caso estejam em perigo.
Os meios jornalísticos digitais CIPER (Chile), Agência Pública (Brasil) e La Antígona (Peru) têm modelos inovadores de financiamento por parte da audiência que têm lhes permitido se sustentar ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, fortalecer seus laços com os cidadãos. Esses meios compartilharam 10 estratégias para otimizar as contribuições dos leitores.
Os ataques à imprensa são, sem dúvida, um dos principais desafios enfrentados pelos meios de comunicação e jornalistas na América Latina. Discutir o estado do jornalismo digital na região também implica reconhecer os obstáculos à liberdade de imprensa. Jornalistas da Guatemala, Peru e Venezuela abordaram esses desafios durante o 17º Colóquio Ibero-americano de Jornalismo Digital.
Por meio de apresentações de apenas cinco minutos, jornalistas de Argentina, Brasil, Peru, Equador, Panamá, Colômbia, Honduras e Cuba apresentaram uma série de projetos com o objetivo de manter o jornalismo vivo e seguir contando histórias sobre a América Latina.
No 17º Colóquio Ibero-americano de Jornalismo Digital realizado em 14 de abril, Micaela Fernández e Chiara Finocchiaro da organização SembraMedia falaram sobre a importância de os líderes das organizações de mídia e jornalistas gerenciarem seus números, terem conhecimento contábil e se sentirem confortáveis falando sobre finanças.
A situação vivida pelos jornalistas da Nicarágua é uma das piores da região, e esteve no centro do debate, ao lado de exemplos de resistência e perseverança frente a adversidades, no painel “Jornalismo na Nicarágua”, durante o 17º Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital.
Em conferência no 17º Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital, Patricia Mercado, diretora do Conexión Migrante, explicou como o veículo oferece informações de qualidade aos imigrantes latinos nos EUA, aos migrantes que cruzam o México e também àqueles que ainda vão chegar a este país.
A diretora para América Latina e Caribe do Fundo Internacional para Meios de Interesse Público (IFPIM, na sigla em inglês), Vanina Berghella, apresentou o trabalho do fundo na região durante o 17º Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital. Segundo Berghella, o IFPIM trabalha com duas abordagens principais: ajuda direta a meios de comunicação e incentivo a mudanças no ecossistema de mídia.