Em 2024, jornalistas em vários países, como México, Nicarágua, Colômbia e Brasil enfrentaram cada vez mais violência, censura e assédio, mas perseveraram e produziram valiosas reportagens. Estas foram as publicações da LJR mais marcantes do ano para os nossos repórteres.
Legisladores aprovaram uma reforma que propõe o desaparecimento do órgão de controle da transparência do México, o que deixa em dúvida como será garantido o direito de acesso às informações públicas.
Mapa Vivo da InfoAmazonia identifica dezenas de emissoras transmitindo de comunidades. Apesar de pressões econômicas, elas enfrentam o agronegócio e destacam direitos indígenas e ambientais.
A lei, assinada após mais de 15 anos de luta, estabelece uma estrutura para o acesso a informações públicas e sanções para funcionários que resistem a solicitações de informações.
Na época em que o jornalismo de dados estava em seus primeiros passos no Brasil e o acesso a informações públicas era limitado, a série de reportagens premiada 'Os Homens de Bens da Alerj' se destacou ao revelar o enriquecimento de políticos eleitos para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Vinte anos depois, o impacto daquela investigação pioneira ainda ressoa no jornalismo brasileiro, seja pelo uso de ferramentas avançadas de análise de dados ou pela aplicação da Lei de Acesso à Informação.
Impulsionado pelos desertos de notícias no interior da Argentina, há três anos nasceu Ruido, um meio de comunicação colaborativo formado por uma rede de jornalistas de todo o país que investiga a corrupção por meio de solicitações de acesso a dados públicos. Apesar da falta de transparência local, sua rede de colaboradores conseguiu gerar impacto nacional em questões de interesse público.
Um juiz em Lima anulou a aquisição do Grupo Epensa pelo Grupo El Comércio, citando preocupações com a liberdade de expressão e o risco de monopólio da imprensa. A decisão histórica ainda enfrenta apelações legais.
Em contraste com as dificuldades burocráticas de acesso a informações no México, o sistema judiciário dos Estados Unidos oferece ricas fontes de informação para a investigação de casos de criminosos mexicanos julgados no país, disse o jornalista Juan Alberto Vázquez. Seu livro "Los Padrotes de Tlaxcala" revela detalhes sobre como as redes de tráfico mexicanas operam em Nova York.
Nos últimos meses, a liberdade de imprensa enfrentou uma onda de censura judicial no Brasil, com reportagens retiradas do ar, revistas recolhidas das bancas e um documentário sendo proibido. As decisões judiciais entram em conflito com a Constituição, que favorece a liberdade de informação, e motivam discussões sobre a necessidade de novas leis para proteger os jornalistas.
Jornalistas venezuelanos no Equador, Peru e Estados Unidos falam à LatAm Journalism Review (LJR) sobre a sua experiência como jornalistas especializados em migração e dão conselhos para melhorar a situação de estigmatização dos imigrantes na mídia. Eles também explicam as vantagens, desvantagens e custos emocionais de contar as histórias com que se deparam.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil publicou um relatório sobre o pagamento por conteúdo jornalístico por parte de plataformas digitais. O estudo traça um panorama do debate brasileiro e identifica quais são as posições dos atores envolvidos, além de discutir marcos regulatórios em outros países.
Em entrevista, a presidente da organização, Natalia Viana, explica uma nova proposta para fomentar a sustentabilidade do jornalismo a partir da Lei das Fake News, atualmente em discussão no Congresso. A sugestão diverge da defendida por grandes grupos de comunicação