“A versão impressa do jornal El Comercio deixará de circular por três dias seguidos: 3, 4 e 5 de dezembro. O motivo oficial é 'que houve um erro no planejamento da redação'. Os jornalistas afirmam, em vez disso, que muitos deles — que trabalham em regime de teletrabalho e estão com três meses de salários atrasados — não podem mais pagar por mais serviços, como eletricidade, Internet ou se mobilizar para cobertura.
Extraoficialmente, a Fundamedios soube que a situação é crítica com a falta de insumos como papel, salários não pagos (os trabalhadores foram mesmo informados de que não seriam pagos em dezembro), a absoluta falta de respostas do grupo empresarial pertencente ao mexicano Ángel Remigio González e a inação das autoridades governamentais que inicialmente haviam prometido proteger os direitos dos trabalhadores e jornalistas do jornal.
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A Fundamedios consultou um grupo de jornalistas do jornal sobre a situação, que solicitou anonimato. Um deles disse que o diretor do jornal, Marcos Vaca, informou em reunião que não haverá impresso porque não há conteúdo e o planejamento para finais de semana e feriados falhou. Outra fonte disse à Fundamedios que o problema é que, depois de três meses consecutivos sem pagamentos, é difícil pagar ferramentas como internet ou mobilização para cobertura."
