"O assassinato em outubro de 2022 [do jornalista haitiano Garry Tesse] causou indignação e protestos nas ruas. Mas a investigação sobre a morte [...] não foi adiante, levando sua família e amigos a acusarem o governo de uma operação de encobrimento do caso para proteger o homem responsável por conduzir o processo do crime, Ronald Richemond.
[...]
Pouco antes de sua morte, Tesse foi a uma rádio denunciar um suposto plano de Richemond para matá-lo. Segundo seus amigos e familiares, a fonte de Tesse era um ex-membro da equipe de segurança do promotor, Ricardo Bain, que também era amigo do jornalista. Bain renunciou ao seu cargo em protesto contra o que descreveu como atividade 'criminosa' do promotor [...].
Bain foi preso no dia seguinte ao desaparecimento de Tesse, acusado de difamar o promotor. [...] Bain recentemente acusou Richemond de ordenar o assassinato em uma entrevista telefônica gravada da prisão com a SOS Jornalistas em fevereiro.
‘Foi Richemond quem planejou o assassinato,’ disse Bain na gravação [...]. O CPJ não pôde verificar independentemente a autenticidade da gravação, mas pessoas que conhecem Bain disseram que a voz parecia ser dele. O relato de Bain também está em consonância com o que a família de Tesse disse que Bain lhes contou".