“O Tribunal Constitucional [da Colômbia] selecionou para seu estudo um mandado apresentado pela jornalista Claudia Julieta Duque contra a Unidade Nacional de Proteção por ter compilado, sem seu consentimento, 25.183 registros através do GPS do veículo designado para a proteção do comunicador, que foi vítima de escutas telefônicas e vigilância ilegal pelo agora extinto DAS.
De acordo com a Fundação para a Liberdade de Imprensa e a organização El Veinte, que pediu ao tribunal superior a revisão do caso, o UNP coletou 120 relatórios diários sobre os movimentos de Duque, o equivalente a cinco registros por hora, por um período de 209 dias.
Este caso também é importante porque faz parte de uma série de denúncias apresentadas pela jornalista ao Ministério Público desde 2020 sobre a existência de um plano criminal contra ela, do qual foi informada por diversas fontes. Em agosto de 2021, Duque soube que o Estado colombiano confirmou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (que concedeu medidas de proteção à jornalista e sua filha), que o UNP monitorava os movimentos de seu veículo”.